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Dicas para o Enem 2011 - Sociologia

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O que é sociologia

                                                                  SOCIOLOGIA

                                       

                                           Sociologia - tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupo
Sociologia - tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupo

A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XVIII) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.

Augusto Comte
 A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.

Exercícios sobre o Modernismo no Brasil

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


O Modernismo no Brasil, semelhantemente a outros estilos de época, foi resultante de todo um contexto histórico, político e econômico que aqui circundava numa dada época.


  • Questão 1
    (ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época.
    Poética
    Estou farto do lirismo comedido
    Do lirismo bem comportado
    Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
    protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
    Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
    o cunho vernáculo de um vocábulo.
    Abaixo os puristas
    [...]

    Quero antes o lirismo dos loucos
    O lirismo dos bêbedos
    O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
    O lirismo dos clowns de Shakespeare

    - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

    (BANDEIRAManuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974)
    Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta:
    Critica o lirismo louco do movimento modernista.
    b) Critica todo e qualquer lirismo na literatura.
    c) Propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico.
    d) Propõe o retorno do movimento romântico.
    e) Propõe a criação de um novo lirismo.

  • Questão 2
    O poema que segue é de Oswald de Andrade. Assim, sua tarefa consistirá em analisá-lo, tendo em vista, obviamente, que ele, assim como muitos outros, pertenceu à era modernista, posicionando-se firmemente diante de todo um contexto, seja esse, político, histórico e econômico. Não se esqueça de que, ao enfatizar tais características, ajuste-as a cada verso:
    Verbo crackar

    Eu empobreço de repente

    Tu enriqueces por minha causa
    Ele azula para o sertão
    Nós entramos em concordata
    Vós protestais por preferência
    Eles escafedem a massa.
    Sê pirata
    Sede trouxas
    Abrindo o pala
    Pessoal sarado
    Oxalá eu tivesse sabido que esse verbo era irregular.


  • Questão 3
    (ENEM) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo.
    Pronominais

    Dê-me um cigarro

    Diz a gramática
    Do professor e do aluno
    E do mulato sabido
    Mas o bom negro e o bom branco
    Da Nação Brasileira
    Dizem todos os dias
    Deixa disso camarada
    Me dá um cigarro.
    (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)
    “Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...)”.
    (CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)
    Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:
    a) Condenam essa regra gramatical.
    b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
    c) Criticam a presença de regras na gramática.
    d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes.
    e) Relativizam essa regra gramatical.


  • Questão 4
    Tendo em vista que Ode representa uma forma poética relacionada à exaltação, leia, analise e explicite todo o conhecimento de que dispõe acerca das marcas ideológicas que caracterizaram o período modernista, subsidiando-se no poema de Ode ao burguês, de Mário de Andrade (fragmentos):
    Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
    o burguês-burguês!
    A digestão bem-feita de São Paulo!
    O homem-curva! O homem-nádegas!
    O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
    é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
    [...]
    Ódio aos temperamentos regulares!
    Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
    Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
    Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
    sempiternamente as mesmices convencionais!
    De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
    Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
    Todos para a Central do meu rancor inebriante
    Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
    Morte ao burguês de giolhos,
    cheirando religião e que não crê em Deus!
    Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
    Ódio fundamento, sem perdão!

                                                                          





                                                               RESPOSTAS

    • Resposta Questão 1
      Podemos considerar que a alternativa “D” efetivamente se aplica aos requisitos expressos pelo enunciado, visto que, segundo a opinião de ambos os autores, as regras são aplicáveis e comuns a todos os usuários, sem dúvida, mas que, no entanto, o próprio contexto, a própria circunstância é que determina o uso delas.


    • Resposta Questão 2
      Letra ‘e’
      Ao nos atermos aos pressupostos ideológicos que demarcaram a estética modernista, todas as proposições, exceto a letra “E”, consideram-se como incoerentes, uma vez que um dos posicionamentos de Manuel Bandeira era de extrair poesia das coisas mais banais da realidade, renegando assim o sentimentalismo exacerbado dos românticos (por isso, ele não retoma ao movimento), bem como repudiando quaisquer traços formais em termos de estética, razão pela qual se pautava, sobretudo, pelo uso do verso livre (por isso, não retomou ao movimento clássico).
      Dessa forma, o porquê de a letra “E” ser considerada correta deve-se ao fato de que a nova proposta não era a de abominar a poesia, tanto é que, como expresso anteriormente, a temática por ele explorada se originava das coisas corriqueiras da vida.


    • Resposta Questão 3
      Tem-se que de forma magnífica, Oswald de Andrade, considerado o poeta irreverente por excelência, ao criticar a sintaxe exacerbada, predominantemente dominante em estéticas passadistas, como é o caso do Parnasianismo, cria, ele próprio, um novo verbo: o verbo crackar, conjugando-o em todas as pessoas gramaticais, só que de forma contundentemente crítica, ainda que expresso pelas entrelinhas do poema. Dessa forma, apoia-se num dos marcantes fatos históricos – a quebra da Bolsa de valores de Nova Iorque. Ao trabalhar as pessoais gramaticais, sobretudo no que se refere à primeira e à segunda (eu empobreço/tu enriqueces), o autor, de forma magistral, alude ao fato de que os investidores, atraídos pela valorização das ações, arriscavam todo o capital de que dispunham em prol de um negócio “aparentemente” atraente.
      Ainda trabalhando a mesma temática, notamos que por meio de um instinto bastante crítico aos traços ideológicos de outros estilos de época, Oswald de Andrade incorpora em sua criação o uso de uma linguagem voltada para o prosaico, para o vulgar, como é o caso dos vocábulos “escafedem”, ”sarado”, “azula”.


    • Resposta Questão 4
      Identificarmos a postura a que se propôs Mário de Andrade ao escrever o poema em questão não se torna algo assim tão dispendioso, a começar pelo jogo que ele faz com a linguagem, apropriando-se das palavras Ódio e Ode. De forma bem paronomástica (relacionada à paronomásia – figura de linguagem), ele explora de forma antitética (antítese) as marcas semânticas presentes em exaltar (ode) e abominar (ódio). Dessa forma, constatamos que por meio de uma nítida ironia, ele insulta, do começo ao fim, a classe burguesa, haja vista que o poeta possuía ideias socializantes, mas que, no entanto, via na classe “dominante” uma barreira, pois em virtude do poderio econômico representava uma espécie de barreira às classes menos favorecidas.



























O Acidente Radioativo em Goiânia



Mão de uma das vítimas do acidente
No dia 13 de setembro de 1987, ocorreu em Goiânia o maior acidente radioativo em área urbana; a população mundial ainda não havia se recuperado do acidente radioativo que ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, em razão da explosão de um dos reatores, no ano de 1986. Nessa época já havia em Goiânia a radioterapia, que tem como principal ferramenta as radiações ionizantes.

As radiações ionizantes, dentro do serviço de radioterapia, são altamente energizadas, pois possuem pequeno comprimento de onda e alta frequência, e essas podem ser obtidas através do acelerador linear ou de elementos radioativos.

Em 1987, o IGR (Instituto Goiano de Radiologia) estava fechado e no local havia um aparelho abandonado utilizado para fazer radioterapia, em seu interior havia o isótopo césio 137 dentro de uma cápsula, que até então era blindada. O césio 137 é um isótopo do césio por possuir mesmo número de prótons e diferente número de nêutrons, e é um radioisótopo por ser emissor de radiação.

Catadores de papel, em busca de sucatas que pudessem ser vendidas a um ferro velho, invadiram o antigo IGR e levaram para casa a cápsula que continha o césio 137. O problema surgiu quando eles violaram a cápsula e tiveram acesso ao elemento radioativo que lá estava.
Após a violação da cápsula, pessoas, animais, superfícies e quase tudo o que estava nas adjacências sofreram irradiação (receberam incidência de radiação) e foram contaminadas (presença de elemento radioativo em qualquer superfície que cause risco potencial de saúde) pelo césio 137.

A radiação emitida por esse isótopo é ionizante, ou seja, possui a capacidade de remover elétrons da eletrosfera e essa remoção em seres vivos ocasiona alterações genéticas que podem resultar em câncer, síndrome de down, albinismo, anemia, dentre outras.

Esse acidente gerou cerca de 13,4 toneladas de rejeitos radioativos, várias pessoas com problemas de saúde e uma ferida incicatrizável na população goiana em razão da irresponsabilidade de poucos.
 
Por Frederico Borges de Almeida
Graduado em Física

Tasai



Os tasai rompem com o conceito de que os hábitos pré-históricos desapareceram.
No mundo contemporâneo, nos acostumamos a reproduzir a visão de que todas as culturas compartilham de padrões de conforto e desenvolvimento próximos aos da nossa cultura. No entanto, essa visão de que os hábitos pré-históricos foram completamente superados caiu por terra quando, em 1971, encontrou-se em uma das ilhas do arquipélago da Filipinas uma pequena população com cerca de vinte e cinco pessoas isoladas em uma caverna natural.

Conhecidos como tasai, esse grupo utilizava vestes extremamente simples compostas por tangas, folhas de orquídea e fios de palma. Sem contar com nenhum tipo de atividade agrícola, os tasai viviam da coleta de raízes, banana, frutos de palmeira, gengibre, cogumelos, bagas, mel, pequenos anfíbios, insetos e peixes. Sem ao menos praticar a caça, esse povo somente se ocupava da coleta de alimentos e lenha. No restante do dia se dedicam ao descanso e atividades recreativas.

Sem conviverem em núcleos familiares isolados, os tasai viviam em uma mesma moradia. A família era dividia por casais responsáveis pela criação de toda sua prole. Mesmo constituindo um pequeno grupo de pessoas, o casamento entre os tasai era realizado com outros povos que moravam nas proximidades. Por isso, podemos entender como essa pequena civilização não foi extinta.

O conhecimento sobre os demais aspectos dessa civilização ainda foi pouco compreendido. Os estudiosos dessa civilização ainda não relataram algum tipo de prática religiosa entre os tasai. Além disso, não foram encontrados nenhum vestígio de pintura, escultura ou desenho. Mesmo ainda desconhecidos, os tasai demonstram aos antropólogos e historiadores que a humanidade não superou (e porque necessariamente deveria?) hábitos da cultura pré-histórica.
Por Rainer Sousa
Graduado em História